domingo, 6 de junho de 2010

Um Sheik que não é mais das Arábias



Ainda me lembro da inauguração do Sharm-El-Sheikh (Shp. Downtown bl8 lj 110) na Barra da Tijuca. Fui convidado por que conhecia a irmã da dona. Se naõ me engano, eram médicos que abriram negócio de restaurante. Acho engraçado pois não entendo o seguinte - é um bom dono de restaurante que é medico ou é um médico bom que é dono de restaurante... a dúvida ainda permanece. Na época fiquei feliz com o surgimento do Sharm por existe uma diferença entre a comida do Egito, da Síria, de Israel, do Líbano e de outros países do mundo árabe. Aqui costumamos dizer "comida árabe" para qualquer tipo de comida de origem de um daqueles países, mas não é o certo. A promessa do Sharm-El-Sheikh era fornecer comida egípcia. O ambiente era muito interessante, do lado de fora, na varanda você tinha pequenas mesas orientais, muitas almofadas, narguilés para serem usados pelos clientes ( e olha que na época nem era moda fumar um desses!!!), tapetes orientais do lado de fora e dentro do restaurante, luminárias transadíssimas, garçons à caráter, saídos diretamente do filme Casablanca. Na parte interna do restaurante você tinha mais privacidade e um ambiente ainda mais oriental com  direito a telão com shows de música egípcia ou simplesmente com imagens de locais egípcios. Era muito bom ir lá. A cozinha era de primeira. Tudo muito saboroso e que se destacava de tudo do Shopping. Afinal de contas, o Downtown estava, na época (há uns seis sete anos atrás) virando em "Centro Gastrônomico". Eu discordava e discordo até hoje. Centro gastronômico, no meu entender, reune locais onde a gastronomia se faz presente. Um conjunto de bares e botequins e de casas de comida a quilo não pode ter o nome de centro gastronômico, pode-se até nominá-la como uma grande praça de alimentação ao ar livre. Achava errado, acho hoje e vou achar amanhã, aquilo não é um centro de gastronomia. Mas voltando ao Sharm, enfim, era um local diferente, até mesmo chic, que eu não achei que fosse durar muito tempo. Não pela qualidade, mas sim pelo público que ele teria que atrair. Durou muito tempo sim, mas na semana passda estive por lá, para ir ao Cartório e resolvi passar para ver como estava o velho Sharm. Fui recebido por uma faixa que estava na entrada " RODÍZIO DE COMIDA ÁRABE". Foi um soco no estômago, um tapa na cara. Logo o Sharm que tinha uma proposta de ser um legítimo restaurante egípcio......se rendeu à falta de qualidade dos quilos e os do gênero.... que pena!!!!!! Arrisquei pedir um variado de quibes, esfihas e afins. Decepção.....tudo com o mesmo gosto e se não fosse o molho de alho nada teria gosto. Triste ver nascer e depois ver morrer. Mais um que se rende à falta de qualidade reinante.

Nenhum comentário:

Postar um comentário