domingo, 28 de fevereiro de 2010

Jantar de retorno


Antes de irmos para Paris, já havíamos agendado jantar para alguns amigos em data após a nossa chegada. Retornamos no dia 24 pela manhã e na sexta, 26.02 já estava de "umbigo" no fogão fazendo umas "comidinhas. Graças a Deus os amigos são muitos e somente podemos chamar em lotes o que nos entristece e ao mesmo tempo nos alegra, pois temos que chamar sempre amigos em casa para almoços e jantares. Misturamos os ofícios de cada um, mesclamos as mesas e no fim a reunião fica legal, pois as mesas ficam bem ecléticas. O importante é que os amigos vieram e foram seis (6) horas de comida, bebida e muito papo. Vamos ao menu do dia:
Aperitivos
Wrap de presunto Ibérico com queijo de cabra sobre torradas de foccacia.
Figo recheado com mix de queijos
Foccacia com lascas de Gran Padano com calda de mel e limão
Bisque de frutos do mar com quijo Mascarpone e azeite de trufas brancas.
Bebidas que acompanharam os aperitivos: Espumante Nocturno (Argentina)
Pratos Principais
Lagostim grelhado sobre leito de aspargos verdes e cebolas carameladas (roxa e branca pequena) com molho bechamel e azeite trufado.
Bebida: Viu Manent - Chadornnay - 2003 - Chile
Tagliatelle com frutos do Mar (Camarões, polvo, lulas)
Bebida: Ribera del Duero - 2006 - Tempranillo - Espanha
Lombo de Cordeiro com molho de trufas negras e nozes com shitake acompanhado de batatas calabrezas ao forno.
Bebidas: Badiola - 2005 - Itália
Marquis de Mons - Chateau Margaux - 2005 - França
Sobremesas
Baba Rum
Mousse de chocolate com geléia de cupuaçu
Parfait de frutas vermelhas com Crepe Dentelle
Bebidas: Chateau Grillon - Sauternes - 2005 - França
Porto Tawny Noval - Portugal
Agradeçemos aos 24 amigos e amigas que estiveram presentes e puderam nos ajudar a matar a saudade de um bom papo, de boa comida e bons vinhos. Agradeço ao meu filho, que com 22 anos já percebeu que esse negócio de "pilotar fogão" é coisa de homem e me ajudou direto. Ficou de 8:30 da manhã de sexta até as 2;30 da madrugada de sábado, sem parar e sem cansar e bom humor. Valeu filhão!!!!!

Retornamos


Após dez dias em Paris retornamos. Vou começar a escrever sobre os restaurantes, bistrôs, cafés, casas de especiarias, adegas, lojas e adegas de vinhos e outros comércios que valem o cometário. Aguardem...

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Era uma casa portuguesa com certeza. Será....


O último convite de Carnaval foi feito. Almoço de domingo no Adegão Portugues (Shop. Rio Design Barra da Tijuca). Não tinha como não ir.....quem sabe um bacalhau para fechar a semana e embarcar com calma para Paris.
Pedi um Bacalhau na tigela. Bacalhau é um peixe engraçado. Ele normalmente vem ou com batatas, ou com cebolas, ou com pimentões, ou com ovos, ou com natas, ou com azeitonas ou com tudo isto e azeite. Mas é difícil ele ter uma receita inovadora. O meu veio com cebolas, batatas e azeite, em lascas. Tudo dentro de uma tigela.
O Adegão é uma casa bem antiga, o do Campo de São Cristóvão eu já conheço há uns 20 anos, pelo menos. O da Barra da Tijuca é recente se comparado ao de lá.
Resumo da ópera - o bacalhau veio na tigela submerso em azeite, as batatas e cebolas idem. Fico preocupado pois a casa'é portuguesa, com certeza. O bacalhau não é, deve ser brasileiro. Fazer o que.....só nos resta embarcar e rumar para Paris. Au revoir!!!!!!!

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Sal a (mau) gosto


Sempre se deve dar uma segunda chance a qualquer coisa. Não importa o que, tudo pode ser refeito e melhorado. Assim foi com o Salitre (Praça de Alimentação do Barrashopping). Já conhecia do Leblon, lugar da moda, meio bar, meio restaurante (?), meio tudo. Mas estava na moda, e fomos lá. Na época não era nada demais e decidimos que não valia o que se falava. Hoje, sábado de Carnaval, esperando o domingo chegar para podermos ir para o frio, fomos convidados para almoçar no Salitre da Barra da Tijuca. Relutei, mas fui "convencido" a ir. Vamos ao que interessa, menu de muitos risotos, massas, carnes, frutos do mar e aves. Confesso que fiquei bastante tempo tentando "achar" um prato para mim. Depois de muito tempo, resolvi dar uma chance ao "Escalope com risoto de queijos". A palavra Salitre, deriva de nitrato, ou sal em última instância. Advinhem??? O escalope estava sal puro, o risoto um pouco duro, mais alguns minutos, uns 3 seriam perfeitos para ele ter a consistência perfeita. Frustação outra vez!!! Vale pelo ambiente e pelo maitre (Ex-Zuka). No resto.....gastei R$ 60,00 e não comi nada!!
P.S.: o vinho estava OK, depois de insistentes pedidos para que fosse servido "gelado" - um Viu Manent - Chadornay - excelente e num preço justo.

Gero



Ontem fomos surpreendidos com a chegada de um casal de amigos muito queridos: Joaquim e Palmira. Este casal nos foi apresentado numa de nossas idas a Lisboa, por amigos que temos por lá. São pessoas muitos distintas que sempre que vem ao Brasil, são portugueses, nos procuram. Estavam Joaquim, Palmira, filhas e genros. Todos de férias, descansando no Rio de Janeiro. Sempre que chegam nos convidam para jantar. Joaquim, como bom europeu, gosta de boa comida e bom vinho. Nunca nos preocupamos com as indicações e convites, pois sempre somos brindados com excelentes escolhas. Desta vez foi no Gero (Anibal de Mendonça, 157 - Ipanema - 2239.8159) . Havia tempos, uns meses, que não íamos ao Gero. O restaurante é muito bem ambientado, com espaço suficiente para acomodar a todos e dar conforto para se conversar e comer, algo raro nos dias de hoje. Desde sua inauguração em 2003 ele foi eleito o melhor italiano do Rio de Janeiro, até 2008. A carta de vinhos é muito boa, o serviço de primeira qualidade. Sempre que íamos, pedíamos a pasta da casa em suas diversas propostas, mas desta vez, resolvemos mudar e pedir frutos do mar. Pedimos hadock com molho de limão e pure de batatas e cavaquinhas grelhadas com risoto de limão siciliano. O hadock estava justo, no ponto certo, para não peder a maciez da carne e o pure leve como deve ser. A cavaquinha no ponto, e risoto com a pouca acidez do limão siciliano. nada a declarar, dez e pronto! Desde sua inauguração o Gero tem recebido merecidos elogios da crítica gstronomica, vale todos os garfos e estrelas que lhe são concedidas. São as boas coisas da vida: boa comida, boa bebida e boa companhia!!! Ou como se fala em algumas cozinhas: Deus criou a comida, o Diabo o tempero! Bom Carnaval!!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Nem sempre as mudanças são para melhor

Havia no Jardim Botânico, na Visconde Carandaí, 2, um restaurante italiano muito bom: massa caseira, a chef sempre estava presente, ambiente quieto, aconchegante e limpo, mesas com espaço, vista deslumbrante do Corcovado e preços justos para a qualidade. O nome deste restaurante era Lulu. Há Alguns anos, o Lulu foi vendido e no local apareceu um Bistrô (Italiano???) chamado Lorenzo, empreitada do restaurateur João Luiz Garcia. A casa era a mesma, as mesas eram as mesmas, as garrafas de vinho do segundo andar eram as mesmas. Ao primeiro olhar parecia que nada havia mudado. Mais um engano. Mudou sim e não foi uma mudança boa. A começar por uma varanda na entrada que não diz a que veio. As mesas se multiplicaram, ou seja, mais gente, mais barulho e menos privacidade nas conversas. As massas também pioraram. No dia que fomos por lá, e tem tempo isto, as mesas eram tão juntas que mesmo não querendo participamos do papo do casal ao lado. Incrível a falta de privacidade. Não raras a svezes que nos deparávamos com José Hugo Celidônio jantando no Lulu o que por si só é uma boa referência. Não acredito que o Chef Celidônio tenha retornado ao local. Caiu a qualidade, a ambiência foi destruída, parece um "kilão" ou um "self-service" mais caro do centrio da cidade. Perdemos nós, perde a cidade, saudades do Lulu. Saudades do ravioli de bacalhau que se servia ali, sem igual!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

La Table du Chef

Muito se fala do pecado da gula. Comer não é pecado, comer bem não é pecado! Ser servido na table du Chef não é pecado. Se for pecado...... . Retormos ao Le Pré Catelan no sexta feira, dia 05. Voces deven estar se perguntando: de novo? Sim, mas agora foi diferente. Ter o privilégio de estar dentro da cozinha e ser atendido pelo próprio Chef Roland é algo que as pessoas que apreciam a boa mesa deveriam experimentar pelo menos uma vez na vida. A magia começa logo na chegada. Você se anuncia e eles imediatamente o encaminham por uma pequena passagem que nos leva até a cozinha. Ela é tão limpa e organizada que a primeira imagem é de encanto. Após estarmos sentados numa espécie de aquário que também serve de apoio operacional para o Chef Roland, fomos recebidos pela Chef de Partida Paula. Jovem, bonita e extremamente educada e profissional. Ela nos explica o que ocorrerá em nossa estada ali e chama o sommelier Jean Pierre (que educação!!!) para recepcionar nossas bebidas (levamos uma champagne, um vinho tinto e um vinho branco, afinal de contas éramos quatro à mesa). Começamos a festa! O menu proposto são quase 40 pratos!!! Segundo o Chef Ro9land o recorde era de 37 pratos servidos. A cada trilogia, cada prato servido, tudos nos era informado: o que eram os pratos, os ingredientes, etc etc. Foi uma viagem gastronômica que tivemos o prazer de estar presentes. Após uns 12 ou 15 pratos foi proposto um intervalo pela próprio Chef Roland, que nos convidou a "excursionar" pela cozinha. Nos foi explicado tudo o que existia e de que forma ela rodava. Como pequeno e humilde chef amador, aproveitei o máximo que pude da visita. Pude estar onde apenas alguns mortais estão: na cozinha do Le Pré, com o Chef Roland e podendo absorver seus conhecimentos gastronômicos, seu profissionalismo, entender sua paixão pela comida e seu bom humor, um capítulo à parte. Ao passarmos pela cozinha, fomos apresentados ao Chef Dominique Guérrin, que é o responsável pelos doces servidos. Que pessoa agradável e inteligente. Após o breve passeio, retornamos à mesa para mais deleite. Ainda nos serviram uns 10 pratos. Ficamos preocupados pois já estávamos "satisfeitos" e o Chef Roland continuava a nos servir. Perguntei a Chef Paula o que fazer para se render e ainda sobrar ânimo para os doces. Ela nos disse: "basta vocês ordenarem que nós paramos de servir". Assim o fizemos. Nos rendemos e nos demos por satisfeitos! Com muito bom humor o Chef nos levou a um pequeno salão, isolado, onde uma mesa já nos esperava para o festim de doces, agora capitaneados pelo Chef Dominique. Na terceira rodada, nos demos por vencidos e imploramos que fossem parados os doces. O sommelier Jean pierre nos "obrigou" a fechar a noite com um pequeno "crepe". Não tinha como dizer não! Desde nossa chegada até este momento, havia se passado três horas e meia! Impressionante como o tempo voa e não se nota quando se está num local agradável, com boa companhia, com boa comida e boa bebida e ainda por cima, podendo conversar com pessoas tão encantadoras como a Chef Paula, O Chef Dominique (que doces!!) e o Chef Roland. Para fechar, conversamos com o Chef Roland sobre alguns locais em Paris que merecem ser visitados, obviamente que são bistrôs, brasseries e afins, que já foram anotados e serão objeto de visita e comentários em breve. Minhas amigas e amigos, peço que se organizem e concedam este presente a vocês! Marquem um jantar na Table du Chef do Le Pré Catelan, é algo que deve ser vivido intensamente. Para fechar, se isto é gula, podem me levar, confesso e assumo que sou pecador. Boa semana para todos!!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Venga!


Uma das cidades mais interessantes da Espanha é sem dúvida Barcelona. Barcelona tem "de um tudo um tanto"!! Uma arquitetura magnífica, tem mar, tem parques, tem museus (museu é muito bom!!), tem ruas e avenidas majestosas, o povo é hospitaleiro e educado, tem futebol, tem artista de rua, tem show de violões flamencos nas igrejas, tem lojas excelentes, tem moda, tem charme, tem a cozinha espanhola (premiada muldialmente), e tem as "tapas". As "tapas" são um capítulo a parte da culinária espanhola. É um carnaval gastronômico, tem beleza, tem cor, tem magia, tem cheiro, tem gosto, tem charme, ou seja é um espetáculo de minimalismo! É uma tradição espanhola. Em Barcelona você se deleita com tantas tapas. São infindáveis locais, bares, pequenos portinholas que servem a magia da culinária da Catalunha! No Rio, nós temos um pedacinho de Barcelona ou da Espanha para não ser bairrista: é o Bar Venga! Fica da Dias Ferreira, 113, no Leblon ( não poderia ser em outro lugar!!) e se não me falha a memória ocupa o minimo espaço que foi de uma empreitada do pessoal do Sushi Leblon e do Zuka ( a loja era chamada Pop Fish, nas não vingou). Enfim... se você estiver pela Zona Zul e não estiver com vontade de um jantar formal, ou outro tipo de comida mais elaborada, deixe-se levar pelos sabores da Espanha saboreando "tapas" deliciosas. Vale o passeio, vale a comida, vale o local. Olé!!