sábado, 13 de março de 2010

O jantar de despedida - Le TasteVin - Paris

Esta foi a surpresa mais agradável da viagem. Estávamos de saída, última noite, depois de suas semanas você já quase não tem mais forças para sair à noite. Já tínhamos cancelado o jantar no Le Train Bleu e em mais dois locais. Mas ainda era cedo, uma sete da noite, e estávamos dando uma volta pela ilha e passamos por um bistrô (foto acima) que de fora parecia um boteco, não tinha a classe e o charme dos bistrôs parisienses, mas ficamos olhando o menu, de fora, olhamos pela janela para ver a movimentação interna e hesitamos muito antes de entrar. Para dizer a verdade passamos três vezes pela porta do bistrô antes de entrar. Le TasteVin, 46, Rue Saint-Louis en L`Île, bem pertinho do L`Orangerie. Entramos e o esquema era o de sempre, poucas mesas, trinta lugares, e poucos clientes, no máximo dez conosco. Na equipe, uma senhora que era de tudo, caixa, atendente, ajudante de salão mas com uma característica ímpar: simpatia e bom humor. Observem que ela deveria ter uns 70 anos e estava ali às 8 e pouco da noite, feliz da vida. Para ajudá-la uma moça que deveria ser a filha dela, 40 e poucos anos e dentro da cozinha, dava para ver, um senhor, perto dos 70 anos, sozinho, feliz da vida. Olhando-se rapidamente imaginamos que talvez o serviço ficasse a desejar, mas como estávamos dentro da casa, por livre escolha, resolvemos arriscar. Sucesso total: boa ambiência (não espere nada moderno, é um bistrô antigo, de verdade), excelente serviço (que vitalidade daquela senhora - quero chegar na idade dela com a mesma disposição e bom humor) e uma comida de boa qualidade e num preço justo. A pedida da noite: entrada - salada de alface com lagostin grelhado e molho de limão. Pratos principais: Filé Rossini ( filé majestoso, de mal passado para ao ponto - sobre pão, coberto por foie gras com molho de trufas acompanhado de batatas calabrezas assadas; Magret de canard coberto de foie gras acompanhado de legumes sauteé. Para beber, um bom vinho da Borgonha. Reclamar do que? Foi a maior surpresa da viagem, não pela beleza ou pela localização, mas por termos certeza que na maioria da vezes nós devemos nos arriscar e experimentar locais que a maioria das pessoas não teria coragem de parar e entrar. Volatremos lá, com certeza!!

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