Quando falamos de doces, na Europa, você cai mais ou menos no meio comum, ou seja, se você está na Itália, França ou Espanha, encontrará doces maravilhosos, cada um na sua praia, uns mais finos na concepção e apresentação, outros nem tanto, mas todos com a mesma qualidade: saborosos !!! Se eu começar a falar ou relacionar cada esquina que tem uma casa de doces vou ficar escrevendo dia todo e não é o caso. Hoje vou falar da Casa Mauri - Ramblas, 102 esquina com Provença - Barcelona. Para começo de conversa, a Casa Mauri fica no pedaço Leblon da Ramblas, ou seja, fora do agito e da confusão da famosa, ou mais conhecida, Ramblas de Catalunya, que nós chamamos carinhosamente de Ramblas de Copacabana, por se poder ouvir todas as linguas do planeta num mesmo local....só turista.
A Casa Mauri opera desde 1929...é mole. É paraíso de doces finos, tortas e alguns sanduiches. O ambiente lembra um pouco a Casa Colombo, pelos móveis e pelos habitués.
Hoje, retornando de uma escapada para esticar as pernas e procurar por coisas de casa, resolvi parar para um "lanchinho", pois já eram quase duas da tarde. Entrar na Mauri, para pessoas que apreciam detalhes, é como entrar no paraíso. Doces, tortas, bolos, chocolates, de tudo um pouco. Tudo finamente arrumado.
Vista do salão da Casa Mauri
Pedi um pequeno sanduiche que vem numa mini baguete com queijo brie, pimentões vermelhos marinados e beringela em conserva. Que coisa.....o amargo do brie, em contraste com o doce da beringela e o picante do pimentão. Que coisa dos Deuses....
Balcão de tortas
Um dos balcões de doces
Chocolates
mais doces......
mais doces...
Antes de sair, observei a seguinte cena, que mesmo sendo comum na Europa, sempre me encanta: estava um senhora, uns 75 anos de idade, uma jovem, provavelmente neta, de uns 25 anos, se preparando para se levantar e sair. A neta se levantou e ajudou a senhora a se levantar, foi indo em direção ao caixa da loja enquanto a senhora colocava o casaco (estamos com uns 18 graus hoje). Reparei que a neta havia esquecido o guarda-chuva encostado na parede e jurava que a senhora ia se esquecer também. Já me prepaava para me levantar e lembrar-lhe do mesmo.... quando, mais rápido que eu, a garconete, de uns 20 anos, bonita, maquiada e unhas feitas, cabelos presos e limpos, correu, pegou o guarda-chuva, entregou à senhora e ainda por cima....arrumou a gola do casaco que estava virada.... que coisa, meu Deus!!!! Essas gentilezas são o meu ponto fraco, mesmo sabendo que é normal, nunca deixo de me encantar com elas. Ahiba!!!!
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